Senador Nelsinho Trad preside debate sobre avanço do acordo Mercosul-União Europeia

Em busca de um avanço no acordo Mercosul-União Europeia, a representação brasileira no Parlamento do Mercosul (Parlasul) se reuniu com integrantes do Comitê de Comércio Internacional do Parlamento Europeu na terça-feira (16) no Senado. 

O acordo comercial entre sul-americanos e europeus foi fechado em 2019, mas a ratificação não avançou desde então. Questões ligadas à pauta ambiental e agrícola ainda estão em discussão pelos dois blocos econômicos, depois que a UE apresentou um documento com exigências adicionais.

Chefe da representação brasileira no Parlamento do Mercosul, o senador Nelsinho Trad (PSD-MS) avaliou que parlamentares dos dois blocos esperam a conclusão das negociações e reforçou posições apresentadas pelo governo brasileiro.

— O presidente Lula e membros de sua equipe têm declarado que é necessário existir um certo equilíbrio nas condições exigidas pela União Europeia. Não se pode exigir dos países sul-americanos sacrifícios que comprometam o atendimento de suas permanentes demandas econômicas e sociais — disse Nelsinho Trad. 

O eurodeputado espanhol Jordi Cañas, presidente da Delegação para as Relações com o Mercosul no Parlamento Europeu, disse que a visita tem o objetivo de ouvir as demandas dos sul-americanos diante dos novos pontos sugeridos pela UE.
— Queremos escutar de primeira mão o que vocês querem. Posso assegurar que o Parlamento Europeu jamais vai impor nada a ninguém, nem tutelar nenhum país soberano e estabelecer alguma restrição unilateral. Isso não nos faria sócios, ou amigos. A Europa não quer súditos, quer amigos — disse.

Após a reunião, os parlamentares europeus visitaram o Plenário do Senado e foram cumprimentados pelo  presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, que disse esperar que a visita garanta um avanço no texto final do acordo.
— É muito importante que estejam aqui no Brasil para dialogar sobre os temas, sobretudo esse Acordo Mercosul-União Europeia, que nós do Brasil desejamos muito que seja aprovado e enfim ratificado— afirmou Pacheco

Fonte: Agência Senado

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