Enquanto se sucedem os problemas graves na saúde pública de Campo Grande – escassez de medicamentos e materiais diversos nas Upas, inclusive o registro ainda não explicado e nem justificado de duas mortes de crianças que aguardavam vagas em hospitais, aumenta o grau de preocupação nos gabinetes da prefeita Adriane Lopes e sua vice Camila Nascimento de Oliveira.
Ocorre que se aproxima o dia do julgamento do pedido de cassação dos mandatos de ambas pelo Tribunal Regional Eleitoral, marcado para o dia 20 de maio. A acusação contra elas é de compra de votos nas últimas eleições.
O que tem motivado maior indignação na população é que, mesmo com a crise grave no setor de saúde pública, a prefeita, juntamente com os vereadores, considerou mais importante aprovar o reajuste no próprio salário, dos secretários e dos próprios parlamentares, em vez de buscar soluções para as deficiências nos postos de saúde, upas e hospitais. Entre outras acusações, teria surgido uma comprovação de repasse de dinheiro para compra de votos por meio de PIX. A denúncia consta do processo apresentado pelo PDT e o Democracia Cristã à Justiça Eleitoral.
Já há parecer favorável do Ministério Público Eleitoral à cassação de Adriane e da vice-prefeita, Camilla Nascimento de Oliveira (ambas do PP). No entanto, capitaneados pela senadora Tereza Cristina, já há grande mobilização de assessores, políticos, apaniguados e simpatizantes de Adriane Lopes, dentro e fora da Prefeitura, na tentativa de evitar o pior no julgamento da próxima terça-feira.
