Baru, uma fruta do cerrado brasileiro, gera aumento de renda para famílias em MS

Foram 18 meses de um trabalho que cadastrou 150 famílias e envolveu pesquisadores das mais diferentes áreas, técnicos e auxiliares. A atividade extrativista do baru, uma fruta comum no cerrado brasileiro e que mais recentemente conquistou mercados internacionais, teve resultados surpreendentes. Do cadastramento ao ganho financeiro das famílias, o trabalho foi desenvolvido pela Organização Não Governamental Ecoa – Ecologia e Ação, por meio do projeto “Cadeia Socioprodutiva do Baru: agregando renda às famílias agroextrativistas no MS e a proteção do Cerrado”.

A primeira etapa do projeto foi concluída com resultados significativos nas áreas de economia e produção, e principalmente no campo socioambiental.

A equipe de pesquisadores da ECOA mobilizou e articulou 14 comunidades que passaram a compor o corredor extrativista do Baru em 7 municípios no Cerrado de Mato Grosso do Sul. Ao todo, a iniciativa envolveu 224 coletoras e coletores de baru. Participaram desta etapa do projeto moradores e moradoras de assentamentos rurais, comunidades indígenas e quilombolas de cinco municípios sul-mato-grossenses. Dos extrativistas alcançados nesta articulação, 60% eram mulheres e 25% jovens.  

Além de um carro utilitário, o projeto comprou refrigeradores, seladora, balança digital, prateleiras e mesa inox, notebook para controle das receitas fiscais e estoque. A iniciativa também garantiu o aumento de 80 toneladas de fruto na capacidade de armazenamento com a compra de contêineres.

A coordenadora do projeto, socióloga e pesquisadora da Ecoa, Nathália Eberhardt, destaca que o baru ganhou outra dimensão em Mato Grosso do Sul, “os ganhos e crescimento foram tão significativos que conferiram ao projeto o status de maior ação desenvolvida para e pelo extrativismo sustentável do baru nesse território”. 

Com a atividade extra dos trabalhadores a partir da coleta, quebra e comercialização da castanha do baru, as 150 famílias extrativistas cadastradas receberam um total de R$ 97.145,80 durante a safra 2022. O valor recebido por cada família é equivalente a um crescimento de pelo menos 20% na renda mensal, que em média é de R$ 1.000,00 por mês. Esse aumento na renda é referente ao período de safra que vai de julho a outubro de cada ano.

Fonte/foto: ECOA

Compartilhe essa notícia

Facebook
Twitter
WhatsApp

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *