Mais de 400 privilegiados servidores da prefeita Adriane podem ser beneficiados com aumento de 96,7%

Notícias escandalosas não param de surgir na Prefeitura de Campo Grande nesse início do ano de 2025, quando a prefeita Adriane Lopes (PP) comemora seu novo mandato que, pelo que parece, vai se caracterizar por privilégios à uma elite formada pelo seu secretariado e uma casta de aproximadamente 400 nomeados para cargos em comissão. E, do outro lado, a penúria para milhares de servidores que vão continuar recebendo o salário mínimo ou pouco mais que isso.

Este grupo de privilegiados cidadãos, nomeado pela prefeita, com a elevação do salário de Adriane para absurdos R$ 41.845,62, também estaria sendo contemplado com o mesmo reajuste de 96,73% que garantirá a todos esses privilegiados o mesmo salário. Valor que é mais do que ganha o governador do Estado, Eduardo Riedel, mais do que ganha o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e mais do que ganha a maioria dos governadores brasileiros.

Esse fato escandaloso está gerando indignação junto a população campo-grandense, em especial entre aqueles servidores municipais que vão continuar ganhando um salário mínimo por mês, que passou a ser de R$ 1.518 desde o dia primeiro de janeiro. Essa disparidade salarial descomunal virou notícia nacional, especialmente pelo fato de ser o maior salário pago a um prefeito de Capital em todo o País e ser mais alto do que recebe a grande maioria dos governadores de Estado.

Euforia

Dentro da Prefeitura da Capital o comentário é de que com esse reajuste salarial de quase 100% para a prefeita, mais de 100% para a vice-prefeita e mais de 200% para os secretários municipais e boa parte dos 400 nomeados a cargos de confiança, a cúpula do Executivo Municipal de Campo Grande dá uma demonstração de uma euforia temerária, fruto da reeleição.

Tanto, que depois de constatar as reações que o reajuste salarial provocou na sociedade campo-grandense, entre os demais servidores municipais e junto a imprensa da Capital, do interior e até de outros Estados, a prefeita Adriane Lopes anunciou que a iniciativa do reajuste não teria partido dela e que ela irá à Justiça para rever o percentual e o valor do seu salário.

Os comentários críticos salientam que a prefeita, sua vice e os 408 privilegiados assessores passariam a ganhar mais de 27 salários mínimos, enquanto a grande maioria dos servidores vai continuar ganhando apenas um salário mínimo. Parece justo? A desigualdade atinge patamares recordes, certamente, a maior do País.

Cofres cheios?

Outra questão que vem sendo levantada pela sociedade e pelos servidores municipais é quanto a situação financeira da Prefeitura de Campo Grande. Será que os cofres municipais estão abarrotados de recursos para pagar esses salários maiores que os dos governadores brasileiros? A Prefeitura de Campo Grande têm atendido com qualidade a população, especialmente no que se refere a saúde pública, ao transporte público, no atendimento social aos mais carentes, à população de rua? A prefeita, que ouviu milhares de reivindicações da população dos bairros mais longínquos e pobres da cidade, está com os cofres cheios para cumprir tantas promessas de sua campanha? Parece que não, pois ela não está conseguindo pagar a folha, obrigando-a a cumprir os pagamentos de forma parcelada, com servidores recebendo apenas parte dos vencimentos.

Há inúmeras obras inacabadas em Campo Grande. A Prefeitura está anunciando que serão retomadas. Certamente, boa parte delas com recursos do Governo Lula ou do Governo Riedel. É esperar para ver, como Adriane Lopes, com uma folha gigantesca, vai dar conta de tantas obras inacabadas e tantas outras, necessárias para melhorar a vida do povo campo-grandense.

Essas respostas a população vai ter com o passar dos dias, dos meses. Logo vai ser noticiado o aumento da tarifa do transporte público, sem qualquer melhoria no serviço prestado, já estão chegando os carnês do IPTU com altos valores. A população vai poder conferir e certamente vai cobrar.

(Da Redação)

 

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