A decisão inconsequente e até irresponsável da prefeita Adriane Lopes, de acabar com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano – Semadur (que é a pasta que cuida de quase tudo na Capital do Estado, inclusive da limpeza pública e dos parques e espaços públicos) foi referendada nesta quarta-feira pelos vereadores de Campo Grande. Uma demonstração da insensibilidade e incapacidade da maioria daqueles que tem a função de representar os interesses do povo no Poder Legislativo Municipal.
A vereadora do PT, Luiza Ribeiro, no entanto, garantiu que vai procurar advogados e juristas especializados para que todo o projeto de Reforma Administrativa apresentado por Adriane Lopes seja detalhadamente avaliada. Segundo ela, na proposta de reforma não existem informações que obrigatoriamente teriam que ser dadas pelo Executivo.
“A prefeita contratou uma empresa para elaborar esse projeto de reforma, no entanto, a empresa não apresenta sequer o objetivo para alterar a administração, não apresenta números. Quanto vai se economizar? Ou vai se gastar mais com as alterações? Quantos servidores estarão envolvidos? Nada disso é apresentado para nós e para a sociedade”, justificou Luiza Ribeiro. Segundo ela, não é porque a prefeita quer. é preciso que se demonstre que há necessidade e justificativas para fazer e como fazer.
Praças e outros espaços públicos ficarão ainda mais abandonados
É bom lembrar que a prefeita reeleita Adriane Lopes tomou a insensata decisão de extinguir uma pasta que cuida do meio ambiente e do desenvolvimento da cidade, para criar secretarias que não tem nenhuma função administrativa na Prefeitura. Tem sim, a função de “fazer política”, administrar interesses exclusivamente de cunho político, que nada tem a ver com os serviços exigidos do município que venham a trazer melhorias à população da cidade.
Durante a sessão que votava a infeliz Reforma Administrativa da prefeita Adriane Lopes, no plenário, um número considerável de pessoas, muitas representando segmentos da comunidade campo-grandense, vaiaram e xingaram os vereadores, na medida que anunciavam seus votos favoráveis à reforma. “Covardes”, “Vendidos”, foram algumas das manifestações que foram ouvidas no recinto da Câmara Municipal de Campo Grande.
É impressionante se apurar a demonstração de que há muito mais consciência, responsabilidade e lucidez junto a população do que da parte daqueles que a representa. A decisão da prefeita têm, sem exigir grande análise, o interesse em criar um órgão com a responsabilidade de “pavimentar” seu futuro político e que não precise estar trabalhando pelo povo. Mas pelo lado dos vereadores, que deveriam representar os interesses da população, é vergonhosa a postura daqueles que apoiaram a reforma.
