Um presente de Natal e de Ano Novo da prefeita Adriane Lopes para todos os campo-grandenses: o aumento da tarifa dos serviços de água e esgoto em 6,6% a partir do dia 3 de janeiro de 2025. E esse índice definido pela Agência Municipal de Regulação da prefeitura está acima da inflação que nos últimos 12 meses foi de 4,76%, segundo o IBGE. Portanto, bem abaixo do que a prefeita autorizou para aumentar a tarifa a ser cobrada pela Águas Guariroba.
Câmara avalia o aumento
Na sessão do último dia 3 da Câmara Municipal, o assunto foi amplamente debatido e a oposição, especialmente por meio das intervenções da vereadora Luiza Ribeiro (PT). Ela argumentava sobre os motivos da prefeita Adriane aumentar a tarifa acima dos índices inflacionários. E culimou com a apresentação de um projeto de Decreto Legislativo que busca impedir que o reajuste extra, calculado em 2,07%, se configure efetivamente. Isso, no entanto, só será obtido se o projeto de Luiza Ribeiro tenha aprovação por maioria simples, de 15 vereadores,
A vereadora afirma estar disposta a barrar o aumento da tarifa nem que tenha que recorrer à Justiça. “Vou até o Supremo. Não vou desistir, pois é clara a relação promíscua que existe entre o poder público e essa concessionária”, diz a parlamentar. Segundo Luiza, a tarifa de água e esgoto aumentou 115% nos últimos oito anos, sendo que a inflação oficial desse período foi de 60%.
Ela explica que desde 2017 as tarifas de água e esgoto em Campo Grande aumentaram 115%, período em que a inflação foi de 60%.
Faturamento
Os abusos nos reajustes, segundo divulgado nos debates na Câmara Municipal, se comprovam na comparação entre o faturamento das empresas Águas Guariroba e a Sanesul que atende 68 municípios do Estado. Segundo foi mostrado, a partir de janeiro, as tarifas cobradas pela concessionária em Campo Grande serão 57,7% maiores que as praticadas pela Sanesul, estatal estadual que atende cidades do interior de Mato Grosso do Sul.