A busca em equilibrar os gastos públicos e promover desenvolvimento tem sido um doloroso calcanhar para o governo Federal.
Nesta terça-feira (9), a ex-senadora por Mato Grosso do Sul e agora ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB-MS), esteve em audiência pública conjunta da Comissão de Infraestrutura (CI) e a Comissão de Desenvolvimento Regional (CDR) do Senado Federal e colocou como primordial e necessário o crescimento sustentável com inclusão social.
Tebet respondeu aos questionamentos dos senadores e internautas sobre as diretrizes da pasta para os próximos dois anos e destacou problemáticas a serem desafiadas de imediato, entre elas o combate ao “imenso déficit fiscal”, à fome que atinge 33 milhões de brasileiros, e à falta de recursos para a infraestrutura. Para a ministra, “planejamento estratégico é o que vai resolver os problemas do país”.
— O Brasil não tem planejamento, gastamos mal. (…) Não temos condições de pensar o Brasil sem o planejamento — afirmou a ministra, ao completar que “planejar é tão importante quanto executar”. Ela enfatizou ainda que para baixar a taxa de juros no país, é preciso que o governo estabilize a dívida pública, ou “sinalize nesse sentido”. Sobre os juros de 13,75%, ela disse ser uma taxa que se justificava no passado. A ministra antecipou que até sexta-feira (12) deve ser divulgada uma inflação “menor do que a esperada” para o mês de abril.
Desenvolvimento regional
Norte, Nordeste e Centro-Oeste precisam de políticas públicas diferenciadas, afirmou Simone, e, por isso, elaborar com o Congresso Nacional o Plano Nacional de Desenvolvimento Regional será uma “responsabilidade em conjunto”.
Em resposta a diversos senadores, a ministra defendeu ainda a reindustrialização do país. Ela compartilhou a proposta da criação de um fundo constitucional para o desenvolvimento regional: O Brasil é um país muito rico para ter um povo tão pobre (…) E a nossa maior vergonha é a desigualdade social.
O presidente da CI, o senador Marcelo Castro (MDB-PI) reforçou a necessidade de planejamento, que “se perdeu ao longo dos anos”, ao afirmar que “não se pode mais ficar nesse improviso”.
Fonte: Agência Senado