Independentemente do regime de chuvas, concessionária garante que não faltará água em Campo Grande

O volume de precipitações na região e no Estado nos últimos três meses é abaixo da média, apontam os especialistas do setor, e as previsões quanto ao fim da dura estiagem não são animadoras. A expectativa é de que a chuva volte, de forma mais regular e intensa, apenas no final do mês de outubro ou início de novembro. Os índices referentes a Umidade Relativa do Ar em todo o Estado também são os mais baixos das estatísticas.

Todo esse quadro representa alguma possibilidade de desabastecimento ou falta de água em Campo Grande e região? É natural que o consumidor pense sobre isso e tenha esse receio, ao ver muitos rios, em várias regiões do Estado e do País, em níveis muito baixos. Caso do Rio Miranda, do Rio Paraguai, entre outros tantos.

Por isso nossa plataforma Expressnews procurou a concessionária de água, a Águas Guariroba, para saber como está a situação na região de Campo Grande, onde a secura do ar e a falta de chuvas mais regulares e intensas é grande. Conversamos com o gerente de Meio Ambiente e Qualidade da empresa, Fernando Garayo, questionando-o inicialmente para saber qual a situação atual dos mananciais que abastecem de água a Capital do Estado e o município de Campo Grande.

Sistema resiliente

“A Águas Guariroba trabalha em várias frentes para garantir o abastecimento de água de toda a população de Campo Grande, mesmo em cenários extremos de mudanças climáticas que estamos vivendo em todo o Estado, com a baixa precipitação. A concessionária possui um sistema de abastecimento de água bem resiliente. Em Campo Grande, captamos água de duas captações superficiais: os córregos Guariroba e Lageado. Além de 154 poços que captam água de três aquíferos, incluindo o aquífero Guarani, que é encontrado a mais de 500 metros de profundidade. Toda essa variação de fontes de captação que temos, acaba dando segurança operacional para que a cidade consiga  produzir água mesmo em cenários extremos de seca como o que estamos vivendo”, respondeu o gerente da concessionária.

Segundo ele, “todo o sistema de abastecimento de água de Campo Grande é interligado, ou seja, é um sistema que, através de automatizações, conseguimos transportar água de um ponto a outro da cidade, aumentando a resiliência de todo o sistema, pois se há algum problema com alguma fonte, conseguimos produzir mais em outra ponta e transportá-la para qualquer local. Toda a tecnologia que existe hoje dentro da concessionária também nos auxilia nesse momento. Com essas ferramentas podemos prever chuvas com meses de antecedência e também qual a vazão dos córregos. Isso nos dá margem para planejamento, prevendo esses cenários e garantindo que a população não tenha nenhum tipo de racionamento”.

Questionado se, frente ao aumento do consumo por causa do calor extremo e as previsões de pouca chuva, a concessionária estaria programando alguma ação coordenada visando evitar problemas, se haveria alguma ação ou campanha de conscientização para que os consumidores controlem o consumo, evitem desperdícios, Fernando Garayo afirmou que “estamos em constante evolução com as obras de ampliação na produção de água. Somente este ano tivemos dois novos poços profundos perfurados, um deles produzindo 200 m³ por hora de água. Outra iniciativa da concessionária é o controle de perdas na distribuição. Sabemos que a média brasileira de perda de água passa de 40% de água, já captada e tratada, que é perdida na distribuição. Em Campo Grande somos referência nesse quesito, onde temos 19% de perdas, um dos menores índices em nível nacional”, esclareceu o gerente da Águas Guariroba.

E finalizou ressaltando que o consumo consciente de água, independe de clima, e é sempre saudável para o meio ambiente. Ou seja, é muito importante que os consumidores estejam sempre atentos quanto a um consumo que evite os desperdícios.

(Da Redação)

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