Em reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central no dia 3 de maio, foi mantida a taxa de juros reais em alto índice de 13.75% ao ano, que continua entre os mais altos do mundo. O juro real é a taxa descontada da inflação esperada para os próximos 12 meses e, no Brasil continua com o juro real mais alto do mundo, de 6,82% ao ano, após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deixar a Selic em 13,75%.
“O ambiente externo se mantém adverso. Os episódios envolvendo bancos no exterior têm elevado a incerteza, mas com contágio limitado sobre as condições financeiras até o momento, requerendo contínuo monitoramento. Em paralelo, os bancos centrais das principais economias seguem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas, em um ambiente em que a inflação se mostra resiliente”, destaca o comunicado divulgado pelo Banco Central (BC).
Em evento no Planalto, nesta quinta (4), o presidente Lula da Silva, observou que nenhuma instituição, nem ninguém, pode questionar os juros altos do país: “É muito engraçado. Todo mundo pode falar de tudo, só não pode falar de juros. Como se um homem sozinho pudesse saber mais do que 215 milhões de pessoas”, disse em tom de crítica ao Banco Central e a Roberto Campos Neto.
O juro real é a taxa básica de juros da economia descontada da inflação esperada para os próximos 12 meses. Em termos nominais, sem descontar a inflação prevista, o Brasil está em segundo lugar, atrás da Argentina, onde a taxa básica de juros está em 91% ao ano, e atrás da Colômbia, Hungria e Chile.
Ranking mundial de juro nominal (Fonte:Infinity Asset)
Posição País – – -Juro nominal (em %)
1 Argentina – 91,00
2 Brasil – 13,75
3 Colômbia – 13,25
4 Hungria – 13,00
5 Chile – 11,25
6 México – 11,25
7 Turquia – 8,50
8 África do Sul – 7,75
9 Rússia 7,50
10 República Tcheca – 7,00