Técnicos do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) reuniram gestores públicos, representantes de instituições, universidades, entidades do setor produtivo e autoridades ligadas ao setor, no auditório da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural), na manhã dessa quarta-feira (24), para colher subsídios visando a construção do Plano Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis. O trabalho se estendeu por todo o dia; na parte da manhã aconteceram as explanações conceituais e no período da tarde o grupo foi dividido em mesas temáticas.
O superintendente estadual de Agricultura e Pecuária, José Antonio Roldão; o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck; os secretários executivos da Semadesc, Rogério Beretta (Desenvolvimento Sustentável) e Artur Falcette (Meio Ambiente), participaram da abertura do evento. Roldão salientou que aquele seria o foro adequado para discutir o tema, dado a representatividade do público, e disse que a nova visão do Governo Federal é contribuir para haver convergência entre as ideias de todos os segmentos organizados a fim de dar forma ao programa.
Verruck, por sua vez, enfatizou que “todos os presentes já trabalham na temática e vão colaborar para construção de uma política pública nacional eficiente e representativa”. O secretário frisou que o Governo do Estado tem muito interesse no sucesso dessa iniciativa pois está “alinhada com o que pensamos e queremos para Mato Grosso do Sul e para o Brasil”.
O programa
O Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (PNCPD) está alinhado com o Plano Setorial para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária 2020-2030 (Plano ABC+). Nesse sentido, procura unir os interesses da classe produtora com os objetivos do Governo Federal de mitigação dos efeitos das mudanças climáticas, dentro dos compromissos firmados junto à Organização das Nações Unidas (ONU).
O Programa tem como meta recuperar 40 milhões de pastagens degradadas em 10 anos. Para tanto, pretende atrair investimentos internacionais. Essa foi a segunda oficina realizada para levantar as particularidades de cada Estado; a primeira aconteceu no Mato Grosso, no dia 10 de julho.
Em Mato Grosso do Sul, conforme explicou o coordenador de Agricultura da Semadesc, Fernando Nascimento, a recuperação de áreas degradadas passou a ser programa de governo desde 1999. A partir de então, houve a conversão de 4 milhões de hectares de pastagens degradadas em áreas destinadas à agricultura, sistemas de floresta plantada, lavouras de cana-de-açúcar e outras ocupações.
O Plano Estadual tem meta definida para recuperar 1.167 milhão de hectares de pastagens degradadas no período de 2020-2030, independente de ações do Governo Federal e de iniciativas dos próprios produtores rurais, que dispõem de linhas de crédito do Plano Safra e de outros fundos para investir em projetos dessa natureza.
(Comunicação Semadesc)